Resenha do livro Tartarugas até lá embaixo, de John Green

O livro Tartarugas até lá embaixo, escrito pelo autor best seller, John Green, é ideal para quem deseja mergulhar na mente de um personagem e obter uma experiência a partir da leitura.

Capa do livro Tartarugas até lá embaixo
Tartarugas até lá embaixo – John Green – Autor de A culpa é das estrelas

O livro

Depois de seis anos, milhões de livros vendidos, dois filmes de sucesso e uma legião de fãs apaixonados ao redor do mundo, John Green, o autor do inesquecível “A Culpa é das Estrelas”, lança o mais pessoal de todos os seus livros: “Tartarugas Até Lá Embaixo”. A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto tenta lidar com o próprio transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).Repleto de referências da vida do autor – entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, distúrbio mental que o afeta desde a infância -, “Tartarugas Até Lá Embaixo” tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e – por que não? – peculiares répteis. neozelandeses.

 

Foi publicado pela editora Intrínseca em 2017 e contém 256 páginas.

 

Sobre o livro

Tartarugas até lá embaixo é um livro escrito por John Green, autor muito conhecido por escrever vários sucessos como “A Culpa é das Estrelas”, “Quem é você, Alasca” e “Cidades de Papel”.

A história tem como base o desaparecimento de um homem bilionário de uma cidade, chamado Russell Pickett, que estava sendo procurado pela polícia após ser acusado de corrupção. É divulgado que será dado uma recompensa de 100 mil dólares a qualquer pessoa que compartilhasse informações que ajudassem a encontrar o fugitivo. A melhor amiga de Aza Holmes, Daisy, fica muito entusiasmada ao escutar a notícia e vai atrás da amiga para tentar convencê-la a entrar nessa missão junto com ela e ganhar a tão generosa recompensa. Elas decidem, então, que assumiriam essa tarefa juntas e fariam uma investigação para descobrir mais sobre o tal homem.

Por coincidência, Aza tinha sido melhor amiga do filho do desaparecido, o jovem Davis, mas não tinham tido mais contato desde a infância.  Então, as amigas começaram a missão por uma tentativa de reaproximar Aza e Davis, vendo nisso uma ótima oportunidade para conseguir saber mais sobre o desaparecimento do bilionário. Quando vão visitá-lo, logo veem que Davis não está tão preocupado em encontrar o pai. Na verdade, ele se sente mais frustrado e preocupado com seu irmão mais novo. Ainda assim, o reencontro entre os dois colegas de infância se desdobram em outros fatores, muito além de uma simples investigação por informações do pai do menino. Esse contexto se desenvolve durante a narrativa.

Contracapa do livro Tartarugas até lá embaixo de John Green
“É muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu.”

Apesar de toda a ação que dá início e fundamento ao livro, o enfoque da história se dá de fato na cabeça de Aza. Aza Holmes, a narradora do livro, é uma adolescente de 16 anos que sofre de transtorno obsessivo-compulsivo, o famoso e muito banalizado “TOC”. Esse é um distúrbio caracterizado por causar uma espiral de pensamentos que aparenta não ter um fim e faz com que os indivíduos que sofrem disso se sintam aprisionados em suas próprias mentes, palavras essas que remetem às que a própria protagonista utiliza para contar o que sente. Mesmo já fazendo acompanhamento psiquiátrico, a garota ainda tem muitas crises de TOC e apesar de sua médica ter receitado uma medicação com intuito de controlar o distúrbio, ela se recusa a tomá-la, já que se incomoda com a ideia de que ela só seria “normal” ingerindo medicamentos. Aza tem que lidar com esse transtorno além das outras questões que passa em sua vida de adolescente, como as amizades, namoros, família, etc. Somado à isso, a investigação do bilionário desaparecido e tudo o que ela acarreta surge como outro aspecto que a menina tem que lidar.

 

O diferencial

O autor nos faz entrar na cabeça de Aza e sentir a ansiedade, agonia e impotência que ela sofre devido ao seu transtorno psicológico. Ao ler diversos trechos que narram os pensamentos da menina, realmente ficamos atormentados. Muitas vezes não conseguimos nos colocarmos no lugar do outro e entender suas frustrações, e só conseguimos compreendê-lo quando de fato sentimos o que ele vivencia. Através de descrições e transcrições dos pensamentos da protagonista em palavras, John Green permite que aqueles que não sofrem de TOC tenham um entendimento muito mais verdadeiro do que é viver com esse transtorno.

Essas experiências que o leitor adquire quando lê o livro se tornam muito possíveis principalmente porque o transtorno de Aza se fundamenta nas vivências de John Green, que também sofre com essa doença desde pequeno. Clicando aqui é possível assistir um vídeo no qual o autor conta mais obre seu distúrbio. Por ter compartilhado experiências relacionadas ao TOC com a protagonista, que também vivencia, as narrações de Aza se tornam muito reais e palpáveis. É impressionante como de fato entramos na mente dela e sentimos as tormentas que ela sofre frequentemente.

 

Considerações finais

“Tartarugas até lá embaixo”, de John Green, é um livro incrível e recomendo muito para aqueles que querem uma leitura rápida, mas que permite um mergulho na história. Fiquei impactada com o livro por ter me proporcionado uma real experiência com a leitura dele. Nunca tinha sentido tanto questões que personagens descrevem sobre suas mentes, e foi algo que realmente fez do livro algo totalmente excepcional de se ler.

 

Veja também o vídeo da resenha do livro Tartarugas até lá embaixo, John Green:

 

 

Aproveite e leia mais resenhas em Meu Catálogo de Livros!

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