Resenha do livro: O Mágico de Oz
Acompanhe a resenha de uma leitura clássica e ainda assim, fantástica!
A história do livro começa com a pequena Dorothy Gale, uma garotinha órfã que
mora em uma fazenda com seus tios Henry e Emma, localizada no Kansas. Seu
melhor amigo e fiel escudeiro é seu cachorro Totó, que faz companhia para Dorothy
nos afazeres da fazenda e em suas brincadeiras. A vida pacata deles muda de uma
hora pra outra quando um ciclone acaba passando bem pelo terreno da fazenda e
levando a casa deles embora. Seus tios conseguem se esconder no porão e
chamam pela menina, que não consegue escapar e é levada junto com a casa pelos
ares, até que aterrisa na terra de Oz, um lugar até então desconhecido por ela.
Chegando lá, a Bruxa Boa no Norte que se chama Glinda, explica a Dorothy que
ela matou a Bruxa Malvada do Leste ao pousar sua casa em cima dela, neste
momento Dorothy ganha os sapatos prateados da bruxa.A menina explica para a
bruxa que precisa voltar pra casa ficar com seus tios, então explicam a ela que o
único jeito de sair da terra de Oz é encontrar o grande e pedir que ele, com seus
poderes mágicos lhe ajude a voltar pra casa. Para deixar a menina mais segura
durante seu percurso cheio de aventuras rumo à Cidade das Esmeraldas (onde o
Mágico de Oz vive) Glinda lhe dá um beijo na testa.
No entanto, para chegar à Cidade das Esmeraldas, Dorothy tem que seguir por uma
estrada de tijolos amarelos onde ela encontra outras três figuras: o Espantalho, o
Lenhador de Lata e o Leão Covarde. No qual esses personagens se juntam à
Dorothy para também encontrar Oz e pedir algo para ele: o Espantalho quer um
cérebro para pensar como os homens, o Lenhador de Lata um coração para amar e
o Leão Covarde quer coragem para ser o destemido Rei dos Animais.
Como é de conhecimento popular, o livro Mágico de Oz faz parte do gênero da
literatura infantil mas é capaz de cativar qualquer adulto. Isso se deve ao fato de
que o autor deixa quase que em aberto a todo momento a diferentes interpretações.
isso quer dizer que de acordo com a idade e experiências do leitor, é possível
compreender coisas completamente diferentes porém ao mesmo tempo ter uma
experiência riquíssima ao absorver a obra.
A educação moderna inclui moralidade e tendo em mente esse pensamento, a
história foi escrita de forma que a admiração e alegria são mantidas e as dores do
coração e os pesadelos são deixados de fora O universo do livro é fantástico, com
bruxas, macacos voadores e muitos seres imaginários, que divertem e falam sobre
amor, coragem e sabedoria.
Os personagens desse livro são incrivelmente bem construídos, pois se encaixa
muito bem ao enredo e à conclusão do livro, e não poderíamos deixar de falar que a
Dorothy é uma criança muito, mas muito, determinada e forte psicologicamente
falando. Quando paramos para analisar cada personagem de destaque do livro,
enxergamos a complexibilidade por trás de suas personalidades e identificamos os
propósitos de seus papéis nesta literatura poderosa.
E temos que dizer que achamos muito interessante os amigos de Dorothy – um
espantalho, um lenhador de lata e o leão covarde -, porque cada um representa
algo: a Inteligência, a Bondade e a Coragem.
A escrita de Baum tem um tom simples e doce, tornando a leitura agradável e
cheia de fluidez, fazendo com que você termine o livro sem perceber. O Mágico de
Oz cativa seus leitores porque a trama provoca uma reação emocional. O conto
narra uma jornada em busca de conscientização e auto conhecimento,
reconhecendo sua verdade e essência e, desde o
início, os personagens principais aprendem, pouco a pouco, que possuem dentro de
si o poder de atingir os resultados que desejam e fazer e ser tudo que sempre
quiseram e sonharam.
Conseguimos entender como muitas vezes julgamos a nós mesmos e aos outros
pelo estereótipo pré moldado, generalizando e padronizando a aparência, aquilo
que é superfície e acabamos nos limitando nos enxergando por esses preceitos. A
pureza e a gentileza de cada protagonista dessa história mostra o quão importante é
cada um de seus desejos, não somente para eles, mas para todos.
Um cérebro para pensar.
Um coração para amar.
Coragem para lutar.
“A experiência é a única coisa que traz o conhecimento, e quanto mais
tempo você passa na terra, mais experiência você acumula.” (pág. 168)
A grande sacada é entender que devemos olhar além do palpável e reconhecer o
valor e a singularidade genuína de cada um. Acreditar em si mesmo independente
do mundo lá fora e ter consciência de que podemos fazer o que quisermos por
nosso próprio mérito. Temos em nós a força, a coragem e a capacidade de fazer
tudo o que quisermos e sonharmos. Mas, às vezes, só precisamos de um
empurrãozinho.
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